Os desafios do século XXI para quem quer ser produtivo

Os desafios do século XXI para quem quer ser produtivo

Ao longo de toda a história os seres humanos sempre precisaram ultrapassar barreiras para inovar como espécie, e, no século XXI não seria diferente: os desafios estão cada vez maiores e mais complexos.

Entre a virada do século XX e o início do século XXI, nós, como sociedade, havíamos mudado tanto que certamente ninguém do início do século poderia prever o nível tecnológico, científico e social que atingiríamos.

Todavia, embora seja louvável todas as conquistas a que alcançamos, o progresso sempre traz consigo efeitos colaterais que geram problemas substanciais à sociedade e aos indivíduos que nela coabitam: degradação ambiental, superconsumismo, falhas no uso da tecnologia, disparada dos números de doenças mentais, etc.

Para completar, todas essas mudanças não ocorreram necessariamente de maneira gradual e equilibrada, de modo a nos fornecer um tempo razoável para que nos adaptássemos às mudanças. A mudança foi rápida e radical. Numa década estávamos nos comunicando por cartas e na outra estávamos mandando e-mails que chegavam ao outro lado do mundo em segundos.

Porém, mudanças rápidas são sempre desgastantes e exigem de nós um período de adaptação, de amoldamento à nova realidade. E é justamente em relação a esse processo que a maioria de nós sente o baque, percebe que não está definitivamente preparada para um novo mundo a cada dois ou três anos.

Por isso, eu resolvi listar hoje alguns dos maiores desafios que estamos e iremos enfrentar nos próximos anos nos campos da tecnologia, político, social, ambiental e do trabalho, bem como trazer medidas simples que podemos aplicar em nossa dia a dia para nos precavermos ou, pelo menos, amenizarmos dos possíveis efeitos que tais mudanças podem causar em nossa produtividade e vida pessoal.

Polarização política

Pessoas discutindo mostram porque a polarização política é um dos desafios do século XXI.

Embora tenhamos progredido em diversas áreas, no campo político, muita coisa infelizmente parece estar indo na direção contrária. O acirramento político tem tornado o ambiente político num grande palanque cujos atores polarizados e nocivos são os grandes players do jogo.

Em vez do diálogo sadio e discussão de ideias, o que vimos a partir de 2010, não apenas no Brasil, mas, no mundo, foi a tomada dos holofotes políticos pelo extremismo e pela discussão vazia e carente de qualquer racionalidade.

Fazer uma postagem numa rede social hoje que tenha um teor minimamente politizado, por exemplo, certamente atrairá para si, quase que de imediato, inúmeros haters e perseguidores de internet. Mesmo que não você afronte ideias ou discursos, o mero ato de externá-los provavelmente será suficiente para iniciar uma discussão.

Embora seja certo que está no debate a chave para grandes mudanças, em especial na internet, é praticamente impossível que qualquer coisa de produtiva possa sair dessas discussões: ofensas de ambas as partes, absurdos e, no final, um sentimento de absolto descontentamento, é só que se extrai da coisa toda.

Não me entendam mal, eu sou absolutamente a favor de que todos se posicionem politicamente. Omitir-se perante problemas que só são resolvidos pela política não é a melhor das estratégias, tampouco acho que existe espaço para isso hoje, mas é preciso estar ciente dos problemas e de quanta maldade existe na internet pronta para ser destilada na primeira oportunidade que aparecer.

Além disso, o ambiente virtual propiciou o compartilhamento em massa de Fake News, notícias absolutamente sensacionalistas e excesso de informação que são introjetados em nossas mentes 24h por dia.

Assim, pelo seu bem mental, talvez seja necessário se atentar com à polarização política que exista em sua volta, buscando sempre discernir e limitar aquilo que esteja lhe causando mais mal do que bem.

Exercite sua cidadania através do voto, do protesto, da livre expressão e todos os demais direitos constitucionais a quem tem direito, porém mantenha-se sempre alerta para não seguir o caminho do extremismo político e prejudicar sua vida, seus projetos e suas ambições me razão do cenário político em que você esteja inserido.

Portanto, esteja atento com a polarização política, um dos desafios do século XXI, que se renovou e merece ser visto de uma nova perspectiva.

Redes sociais

Redes sociais e o uso desregrado representam um dos desafios do século XXI.

Inúmeras são as pesquisas que apontam os diversos malefícios no uso das redes sociais: perda de foco, procrastinação, baixo desempenho, etc.

Isso acontece porque as redes sociais foram projetas com o propósito único de pretender sua atenção o máximo que puder. Para eles, quanto mais tempo você passa rolando imagens para baixo, mais elas faturam. Cada curtida, cada efeito, cada novo recurso que é colocado na web têm o claro objetivo de te viciar, e só isso.

Não se trata de demonizar o uso das redes sociais, pelo contrário. No mundo atual, inúmeras são as pessoas que vivem e trabalham por meio delas. Oportunidades de negócios surgem diariamente nas páginas de redes sociais e você pode e deve se beneficiar disso, o que você tem de ficar atento é para o excesso no uso das redes.

Felizmente, existem algumas atitudes simples que você pode tomar para prevenir-se de ultrapassar o limite de uso das redes, são elas:

  • Olhar, diariamente, a quantidade de horas que você despendeu nas redes sociais. Quase todo celular hoje em dia já vêm com essa tecnologia na nativamente, bastando que você a acesse nas configurações. Estando ciente do seu real gasto de tempo nas redes, você estará mais propenso a controlar melhor seu tempo.
  • Instalar aplicativos que “bloqueie” seu acesso às redes socais durante um certo período de tempo. Particularmente, eu uso o AppLock, e é um app fantástico. Você pode travar os aplicativos das redes sociais durante seu período de trabalho, por exemplo, de modo que eles só são liberados no momento determinado por você.

Aliás, estar fora das redes sociais pode fazer parte de um estilo de vida voltado à produtividade, e aqui no blog já temos um artigo completinho sobre isso, confere lá 😉

Dessa forma, adotando essas medidas simples, decidindo-se por uma vida mais produtiva, será fácil não se deixar levar pelo excesso de uso das redes sociais, tornando-as verdadeiros instrumentos úteis em sua vida, e não como objeto de vício.

Se você quer de fato manter-se produtivo nos próximos anos, é hora de repensar o modo como você lida com as redes sociais, estando elas entre os desafios do século XXI que precisamos encarar de frente.

Cuidado com o excesso de informação

Mulher inundada com excesso de informação que representa um dos maiores desafios do século XXI.

Você acorda, ainda tranquilo de uma boa noite de sono, desbloqueia a tela do celular se depara, em questão de segundos, com, pelos menos, cinco ou seis desgraçadas que aconteceram recentemente: “dezenas morreram em acidente de metrô”; “centenas ficaram feridos em desabamento”; “talvez tenha chegado a milhares os mortos no confronto armado entre país A e B”.

E assim, antes mesmo que você tenha escovado os dentes, já terá tomado ciência de inúmeras desgraças de uma só vez. E aquela foi apenas a primeira dose. Ao longo dia, você receberá tomará ciência de várias e várias notícias sensacionalistas, provavelmente será exposto a fake news, etc.

Além disso, não podemos esquecer das milhares de propagandas que você verá nos vídeos do youtube, as publicações de seu influencer favorito no Instagram, e, para fechar, uma boa sessão de stories dos seus amigos de faculdade, em suas vidas maravilhosas de viagem e sucesso, que você sabe que são falsas.

A pergunta a se fazer é: o que você se ganha com todo esse excesso de informação?

Não me entendam mal. Eu não estou pregando o alienamento ou mesmo o comportamento de misantropia em relação a notícias. É bom estar informado, é bom ter conhecimento do mundo ao seu redor, das mudanças que estão acontecendo, pois é assim que você terá condições de se posicionar de alguma forma. A crítica aqui está no excesso, naquilo que passa da quantidade razoável e suficiente de informação.

A tecnologia, embora tenha trazido inúmeros benefícios, trouxe, também, a oportunidade para que empresas lucrassem muito explorando os sentimentos inatos dos seres humanos (curiosidade) e o vício em recompensas rápidas (dopamina). E assim, tornamo-nos esse ente superconsumidor de informação que não entendeu por completo os efeitos que estilo de vida pode causar.

Dois desses piores efeitos – que eu já notei em mim, inclusive – são: a) funciona como gatilho de crises de ansiedade; e b) falta de atenção em razão do consumo de boa parte de nossas reservas de energia.

Armazenar tanta informação sem processá-la de maneira adequada e de maneira bem mais rápida do que você está acostumado é uma forma eficaz de provocar-se uma crise de ansiedade. A sensação de “fim do muno” pode se tornar tão real que a mente e o corpo entra em estado de sobrecarga.

Além disso, consumir informação gasta energia, “digerir” todos aqueles acontecimentos de maneira praticamente instantânea tem um custo. Tentar estudar, trabalhar e ser produtivo depois de uma sessão de notícias ou leitura de e-mails com milhares de ofertas pode drenar suas energias e acabar com seu foco para o que importa.

Portanto, se você quer manter sua saúde mental, sua produtividade e foco naquilo em que interessa e naquilo em que você de fato pode mudar pelo seu esforço e ação, comece imediatamente a fazer uma “dieta de informação”, consumindo-a em momentos específicos e na quantidade certa.

Seu eu do futuro te agradecerá por isso. Portanto, esteja atento com mais um dos desafios do século XXI.

Atente-se à automatização do mercado de trabalho

Inteligência artificial e a ameaça aos empregos representa uma das ameaças do século XXI.

Nada se alterou tantos nas últimas décadas quanto as relações de emprego. Saímos de empregados braçais em fábricas para o trabalho feito em nossos computadores, muitos de nós, inclusive, em regime de home office.

Essas mudanças refletem a própria evolução da tecnologia, que, ao avançar, eliminou milhares de tipos de empregos, mas que também criou outros.

Em razão disso, as características do trabalhador tiveram, também, que se adaptar ao novo mercado de trabalho. Requalificações, mudanças de área e atualização contínua tornaram-se o mínimo para que alguém tivesse chances de entrar e permanecer nesse novo mercado de trabalho.

Porém, pelo que podemos vislumbrar no horizonte, a tendência é que a situação piore ainda mais nos próximos anos, e por isso você deve estar preparado para essas eventuais mudanças.

A primeira coisa a se fazer é estar atento às mudanças e novas tendências dentro da área em que você já atua: se você é designer, por exemplo, é essencial estar atento ao que de novo há na área, os novos programas usados pelos melhores profissionais, os melhores locais para buscar emprego, oportunidades de empreender.

Ademais, é preciso estar pronto, inclusive, para mudar de área se necessário for. O número de pessoas insatisfeitas com suas áreas de trabalho só aumenta a cada dia – muitas em razão de questões pessoais, mas outras por causa da falta de oportunidade. Então, visualizar e aprender sobre uma nova área, isto é, ser multicapacidade parece ser o tipo de trabalhador que a empresas terão preferência.

Portanto, se você pretende continuar a ser produtivo, a ser um profissional capacitado e que não se deixa ficar obsoleto aos olhos do mercado, desde já, é essencial que você passe a olhar a situação a partir de um outro ângulo, mirando o futuro como forma de se prevenir das consequências do mercado de trabalho líquido de hoje em dia.

Não sem dúvida esse foi listado como o último dos desafios do século XXI: o novo mercado de trabalho é algo que mudará por completo a civilização humana nos próximos anos.

Conclusão

O mundo está mudando, isso é fato. Cada vez mais rápido e de maneira mais radical a cada novo ciclo que se encerra, por isso é essencial você estar atendo ao mundo ao seu redor.

Não se deixe estagnar ou acomodar em determinadas situações, tampouco tema toda e qualquer mudança que esteja por acontecer, pelo contrário, adapte-se. Anteveja os novos ciclos que estão por vir e esteja entre os primeiros que abraçarão a mudança e todas as novas oportunidades que vêm com ela.

Os desafios do século XXI estão cada vez mais complexos, portanto evolua e esteja pronto para os novos normais.

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J.R. Dittman

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